Acumulando e bagunçando: síndrome de Diógenes

Enquanto a síndrome de Diógenes for tratada apenas de forma sensacionalista como é nos programas sobre a vida das pessoas acumuladoras, uma preciosa chance de compreender a questão de forma profunda e eficaz é perdida.

A síndrome de Diógenes esbarra em diversas noções de nossa sociedade: o conceito do que é ou não lixo (e existe lixo?), de como os bens materiais e-ou convívio com animais de forma objetal (existem pessoas acumuladoras de animais) tentam suprir feridas individuais e sociais profundas, de como encaramos problemas de forma individualista (sendo que a síndrome de Diógenes só é tratada por meio da compreensão e atuação em dinâmicas sociais, familiares, maritais e etc), a presença do etarismo em nossa noção de saúde mental ("gente velha é assim, tem mania de juntar", "tá gaga", "é a véia dos gatos").

Mas a parte boa é que a maioria dos casos aceita ajuda, mesmo que isso demande uma reorganização desafiadora da vida. Se você se identificou com esse post ou identificou alguém que você conhece, procure auxílio. Me disponho ao que for necessário para percorrer essa jornada junto.